sábado, 8 de setembro de 2012

'Dobraram casos de violência '

Roberval Eduão
     Mais que dobrou o número de casos de maus tratos contra animais no Distrito Federal. Em 2012, segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 49 caso, enquanto no ano passado,ocorreram 19 incidentes. De acordo com a Delegacia Especial de Meio Ambiente (Dema), abandonos e mutilações contra cães e gatos são os casos mais comuns.
     O delegado da Dema, Ivan Dantas, informou que a maioria dos agressores alegam desconhecimento de que aquele fato constitui crime. “Alguns suspeitos dizem até possuir algum problema psicológico”. Os agressores respondem a processo criminal, podendo pegar de três meses até um ano de prisão com multa. Se o animal falecer, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço.
     A diretora administrativa da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (Proanima), Valéria Sokal, 55 anos, ressaltou a importância de denunciar. “A medida em que as pessoas vão sendo punidas, outros casos vão sendo inibidos. Os agressores vão pensar duas vezes em maltratar os bichinhos”, disse. Segundo a diretora, é de grande importância registrar o crime. “Filme, tire foto, procure testemunhas. Com certeza aconteceu muito mais do que 49 agressões”. A diretora cria mais de 20 cachorros e assumiu ter uma grande paixão pelos animais.
Valéria Sokal já presenciou um crime contra animais em 2011 e resolveu denunciar. “Um fi lhote de cachorro estava na rua latindo, quando um rapaz chegou e simplesmente chutou o animal”, disse.
Com a agressão, o fi lhote acabou quebrando a pata e o agressor teve que pagar todo o tratamento do bichano.
    Segundo a veterinária Bárbara Lopes, abandonos e mutilações como os casos mais comuns. “Acho uma covardia isso, sabe? Uma moça uma vez trouxe uma cadela que tinha a orelha bastante machucada, as pessoas jogavam pedras nela. Com o tratamento ela ficou bem e foi adotada”. Para a veterinária, os animas sãocomo crianças. “Eles não têm nenhuma maldade. São indefesos, estão a mercê de pessoas boas”, desabafou. 
     O disque-denúncia funciona 24 horas e não é necessária a identifi cação do denunciante. Os telefones são: 197 ou 3323-8855.

domingo, 24 de junho de 2012

O ' gran finale ' da Rio+20




Os três últimos dias da conferência foram marcados pela Cúpula de Chefes de Estado e de Governo, pelas diversas manifestações e pelas mudanças de opiniões sobre o documento oficial que teve como título 'O futuro que queremos'
                                                                                                          
O primeiro dia da Cúpula de Chefes de Estado que aconteceu no dia 20 (quarta-feira), reuniu 94 chefes de estado. Representantes de todas as organizações não governamentais criticaram o documento final. Porém, o Secretário Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, elogiou o esforço para se chegar a um consenso, mas para os jornalistas, o Secretário reconheceu que o texto ficou abaixo das expectativas e pediu que os Chefes de Estados priorizassem o futuro do planeta e pensassem menos nos interesses de cada país.
De acordo com a Polícia Militar, protestos e pedidos realizados na quarta-feira, reuniram mais de 20.000 pessoas. Índios que cercaram o  ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da Repúblical, Gilberto Carvalho, samba, teatro e até um velório que mostrava o descaso com os animais, preencheram a Avenida Rio Branco. Entre tantas manifestações e opiniões de pessoas poderosas, o discurso mais forte do dia foi o da jovem neozelandesa Brittany Trilford de 17 anos que representou mais de 3 bilhões de crianças, “Cumpram o que prometeram”, disse a jovem em tom firme.
No dia 21(quinta-feira), discussões e protestos contra o documento final e países ricos foram feitos. O Presidente do Equador, Rafael Correa, ressaltou que em vez de salvarem os bancos devia-se salvar o planeta. Já o Presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que os países ricos se esforçavam para destruir o planeta. O que chamou a atenção, foi um o protesto de uma menina canadense de apenas 11 anos que rasgou um papel que simbolizava o documento da Rio+20, enquanto Ban Ki-moon, participava de uma entrevista coletiva onde mudou de opinião e disse que  o documento final  oferecia uma base para o desenvolvimento sustentável.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e a Via Campesina organizaram na tarde de quinta-feira, um protesto na Zona Portuária onde estava montado um stand da Conferência Nacional da Agricultura. Os protestantes conseguiram entrar no local e destruíram maquetes e paredes. Ao saírem, encontraram um grupo maior que tinha sido impedido de entrar e a confusão começou. Cinegrafistas e fotógrafos levaram pedradas e ficaram feridos.
No último dia de conferência, 22, ficou decidido que a partir de 2015, o mundo deverá adotar objetivos do desenvolvimento sustentável: um conjunto de metas para gerar empregos e renda sem aumentar a destruição do meio ambiente. A Secretária de Estado americana, Hilary Clinton, foi a última a chegar à conferência. Hilary anunciou projetos de energia limpa em países da África e se comprometeu a doar 20 milhões de dólares, valor que corresponde a 1 décimo do que foi gasto na Rio+20.
A Presidenta, Dilma Rousseff, agradeceu os mais de 190 países que participaram da conferência e convidou-os para a Copa do Mundo em 2014 e para as Olimpíadas em 2016 que serão realizadas no Brasil. Com a ajuda de Ban-Ki-moon , a Presidenta bateu o martelo e encerrou oficialmente a Rio+20.



terça-feira, 19 de junho de 2012

De baladas a preconceitos coloridos



Conheça um pouco do universo gay ,que de acordo, com o estudante de Arquitetura e Designer, Flávio Pala é um lugar de respeito e companheirismo que aceita todas as formas de amor independente do rótulo

Colorido, extrovertido e apaixonado pela moda, Flávio Pala, 19 anos, conversa abertamente sobre sua orientação sexual que de acordo com ele, não é uma coisa que se de descobre, é algo que existe, “A parte mais complicada na verdade é entender o que está acontecendo e aceitar que você é diferente do padrão”, explica. Quando se envolveu pela primeira vez com uma pessoa do mesmo sexo, Flávio tinha 15 anos e revelou que a experiência foi incrível, “Consegui suprir tanto o que eu queria pessoalmente, como sexualmente. Eu já sabia que gostava daquilo antes de ficar com ele. Não foi um tira-teima, eu já me conhecia e me aceitava, só não exteriorizava”, desabafa.
Conhecidas pela luxosidade e pela seleção de músicas, as boates GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) vêm a cada dia sendo mais popularizadas e frequentadas. O estudante diz não abrir mão das baladas gays, “É mais animada, os gays costumam ser mais ligados em música internacional, sempre toca as mais conhecidas”, explica.  Flávio também conta que seus amigos heteros sempre o acompanham, “A gente sempre curte junto. Uma coisa que eu e meus amigos gays deixamos claro é que não é porque temos um amigo hetero que nós vamos ficar dando em cima e agarrando”, sorri. De acordo com o estudante, o estereótipo do gay afeminado e promíscuo ainda existe na cabeça das pessoas e a mídia tem feito muito pouco para desmitificar isso.
“Antes me atingia, mas hoje fico com pena das pessoas por se sujeitarem a coisas tão baixas”, é assim que Flávio Pala define seus sentimentos quando é alvo de preconceito. “Nunca deixei isso me abalar”, conta.  O estudante disse que nunca teve medo de ser alvo de preconceito de seus pais, “Foi complicado contar para eles, mas no fundo  sempre sabem. No início não me aceitaram muito bem, mas depois tudo ficou melhor. Eles me compreendem e apoiam, e isso é sensacional” , afirma. Quando questionado sobre jovens que não se assumiram ainda, Flávio Pala responde sem hesitar: “Vivam a vida da melhor maneira e deem tempo ao tempo. Não adianta se assumir se ainda não tiver aberto a cabeça.
            

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Especialistas garantem que estágio é primeiro passo para especialização



Victor auxiliando Leandro em suas atividades
Segundo lei, aprendizado prático deve ser supervisionado e sem abusar do educando
 
      Cursinhos pré vestibulares, apostilas e livros são aliados na preparação profissional de estudantes. Mas as leituras e as aulas podem ser complementadas pelos ensinamentos práticos dos estágios. No entanto, segundo profissionais de recursos humanos, o estágio deve ser conforme prevê a lei, um ato educativo supervisionado.
     A lei, publicada no dia 26 de setembro de 2008, aponta que o ambiente do estágio deve preparar os educandos que estejam frequentando o ensino regular. Em geral, para se candidatar é simples. Basta cadastrar o currículo no site ou sede da empresa e esperar as oportunidades de estágio. Atualmente, as principais empresas são o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), o Instituto Euvaldo Lodi ( IEL) e o Instituto Fecomércio ( IF Estágio).
    O estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Leandro Henrique, 27 anos, conta que conseguiu o estágio no órgão de Serviço de Limpeza Urbana ( SLU) pelo CIEE. “Cadastrei meu currículo no site e depois de algumas semanas recebi um email que solicitava a minha presença em uma entrevista, logo depois fui contratado”.
    Henrique lembra que gostaria de colocar na prática tudo o que aprendia na teoria na faculdade. “Aqui eu tenho um suporte do meu supervisor para poder me ajudar sempre que necessário”, explica. Ele trabalhou em uma empresa de tecnologia durante um ano e saiu porque queria saber se gostava da área. “Obtive essa resposta, estou cada dia mais adorando a profissão que escolhi. O estágio é uma grande porta para o futuro profissional”, considera.
    O chefe do setor, Victor Daniel, 28 anos, conta que, depois que Leandro chegou, o serviço foi agilizado. “Nós tínhamos uma pendência em relação ao atendimento, uma questão de demora. Depois que ele chegou, melhorou em vários aspectos como qualidade, agilidade e eficiência”. Para ele, o trabalho dos estagiários é fundamental em uma instituição. “Eles chegam aqui com muito pique e vontade de aprender e é essa a característica fundamental que um estagiário deve possuir. Além de ser pontual, eficaz e honesto em suas obrigações. Acho que poderia até melhorar a remuneração para eles trabalharem mais animados”, sorri.
    Segundo informações da empresa CIEE, o estagiário deve possuir a responsabilidade de ser assíduo e pontual no cumprimento das suas responsabilidades, otimizar o tempo e aplicar seus conhecimentos teóricos à sua realidade. Os requisitos legais para poder participar do programa de estágio é ser maior de 16 anos e estar devidamente matriculado em uma instituição de ensino. A carga horária é de no máximo seis horas diárias e em dias de provas, o estagiário tem o direito de ter a carga horária reduzida pela metade sem desconto na bolsa auxilio.
    Diversificação –A profissional de recursos humanos Elaine Cristina, 38 anos, explica que o estágio é um momento de iniciação para os estudantes. “No estágio, o jovem tem a possibilidade de conhecer vários campos de atuação na sua área, ficando mais fácil a escolha da especialização no futuro”, ressalta.
    Ela acrescenta que o estágio ajuda no amadurecimento profissional do jovem, que vai ter o seu serviço supervisionado durante todo o tempo, o que lhe proporciona a vantagem de poder ousar mais. Outro fator considerado por Elaine é que muitas empresas utilizam o estágio como porta de entrada de novos profissionais, investindo na sua capacitação e retenção dos profissionais que mais se destacam. “Para as empresas, o benefício de se contratar estagiários é que elas sempre estarão informadas dos novos estudos acadêmicos, possibilitando mudança de certas culturas organizacionais e trazendo novas idéias”, ressalta.
Guilherme em seu ambiente de trabalho
    O administrador de empresas Guilherme Licursi de Melo, 22 anos, também considera que o estágio influenciou na sua contratação na empresa CODHAB (Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal). Ele passou até por boicotes antes da contratação. “Enfrentei uma série de barreiras, os estagiários não me respeitavam por eu ter sido promovido e tentaram me prejudicar. O conselho que eu dou para os jovens ingressantes do mercado de trabalho é ter objetivos de vida, não temer os desafios e buscar sempre a conquista de cada dia trabalhando corretamente”, conta.
         
Saiba Mais:
- Na hora da Entrevista:
* Seja pontual, atrasos são considerados atitudes de irresponsabilidade.
* Não utilize gírias, não se esqueça que você está em entrevista e não numa roda com amigos.
* Olhe nos olhos do entrevistador, segurança é fundamental.
* Seja discreto, não fale demais.
* Cuidado ao se vestir, não use decotes, roupas curtas, boné e chinelos.
* Saiba sobre a empresa, em algumas entrevistas, redações são necessárias para a avaliação do candidato.

Na hora do Currículo:
* Não se esqueça dos seus dados pessoais, números de documentos são desnecessários.
* Se não tiver experiência profissional, coloque cursos e palestras que você já participou.
* Coloque foto apenas se a empresa solicitar.
* Tenha cuidado com o português. Revise seu currículo antes de mandá-lo.
* Não minta, coloque apenas as experiências que você realmente já teve.




 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um apaixonado pela Polícia Militar


 “A farda preta não é uma veste que se despe com facilidade ou indiferença, mas sim uma segunda pele que adere a própria alma.” É com essa frase que Laércio Freitas da Silva, 47 anos, carioca e subtenente do Batalhão de Choque da Polícia Militar (antigo BOPE) do Distrito Federal, inicia sua entrevista.
         Pai de dois filhos adolescentes, separado há oito anos e um amante de tatuagens (possui 17 no total), Laércio Freitas não mede palavras quando o assunto é sua profissão. “Tenho muita honra de ser policial. Não é qualquer um que abre mão de estar com a família para estar nas ruas, na maioria das vezes em lugares sub-humanos, inimagináveis para muita gente.” Apaixonado desde pequeno pela polícia, conta que seu pai era militar do Exército e sempre o influenciou para seguir esta carreira, diferente dele, que não quer que seus filhos sejam policiais.
            Reservado, Laércio não esconde sua indignação quando o assunto são algumas críticas que mídia faz sobre a Polícia Militar. “Você que é estudante de Jornalismo, sabia que existe um jornalista famoso aqui do DF que em suas palestras para estudantes diz o seguinte: "Faltou notícia, pau na polícia"? Não se preocupe se não ouviu, ainda vai ouvir. Afinal, nós é que vendemos jornais.”, desabafa.


O que motivou o senhor a escolher o BOPE?
Sempre quis ser jogador de futebol ou policial. Isso não se explica, se sente. Um pouco se deve ao fato de ser filho de militar, com isso sempre tive contato com armas e também detesto marginais. Desde que entrei na Polícia Militar do DF há quase 22 anos, sempre desejei vestir a farda preta.

Atualmente o BOPE está dividido em 04  companhias e 02 pelotões. Em qual, o senhor se encontra?
O BOPE aqui no DF foi desmembrado em três outros batalhões. Participo do PATAMO (Patrulhamento Tático Móvel) que também faz as funções da companhia de choque.

Como é o dia a dia de um policial do BOPE?
O dia a dia nesta unidade policial é totalmente diferente das demais. Todos os dias estamos em treinamento físico e instruções policiais.

O filme “Tropa de Elite” conta a realidade da sua profissão? O senhor já passou por alguns momentos que os protagonistas do filme passaram?
Acredito que tenha algumas verdades sim. Os momentos parecidos são que aqui vamos atrás das ocorrências e não esperamos nos deparar com alguma.

Aonde o BOPE é mais atuante no DF? O que o senhor acha que deve ser feito pelo governo para que a ação da polícia não se torne uma necessidade naquela região?
Atuamos em todo o DF. A Ceilândia sem dúvida é a mais violenta. Quanto ao governo, é simples: basta investir no social, saúde, educação e lazer. É claro que isso só será possível sem corrupção.

Qual seu maior sonho?
Ver meus filhos vencerem na vida. Quero que eles sejam homens de bem, quem tenham caráter e honra.

Qual foi o momento mais complicado que o senhor passou sendo policial do BOPE?
Confronto com marginais armados em algumas ocorrências.

Quais os aspectos positivos e negativos de ser policial?
Positivo é poder servir e proteger a sociedade. Negativo a meu ver, são as injustiças que nos fazem, principalmente por parte da mídia.

Qual operação realizada mais te marcou? Por quê?
São muitos anos de serviço de rua, fica difícil de apontar apenas uma. A da semana passada, por exemplo, foi muito boa. Prendemos em flagrante, uma quadrilha que havia roubado uma joalheria em Taguatinga. Foram quatro presos e as joias foram recuperadas. Ninguém saiu ferido.

Já sofreu algum preconceito ou constrangimento por ser do BOPE?
Sim. Muitas vezes basta um olhar ou algum comentário que você consegue perceber o preconceito, sabe? Basta um policial fazer algo de errado, que a imprensa coloca em questão uma corporação centenária e de relevantes serviços prestados à sociedade. Graças a Deus e aos meus pais que me deram ótima formação cultural e de caráter, jamais senti vergonha da minha profissão. Sempre honrei e honrarei minha farda.

O senhor já viu alguém morrer ou já matou alguém? Como se sentiu?
Já vi gente morrendo sim. Como me senti? Normal. A outra pergunta me desculpe, mas reservo-me o direito de não responder.

Do que o senhor tem medo?
Medo? Desconheço essa palavra.

O senhor tem vontade de trabalhar em outra cidade?
Por ser carioca e gostar muito do Rio de Janeiro, às vezes fica aquela vontade de combater nos morros cariocas, a verdadeira guerra civil.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Alimentos com Restrição



    Ficar sem beber leite ou deixar de comer aquele pãozinho no café da manhã é uma tarefa impossível para muita gente. Mas o que fazer quando seu corpo não aceita as proteínas e os carboidratos que esses alimentam apresentam? De acordo com o site brasilzerogluten.com.br, 1% da população mundial é celíaca ( nome dado as pessoas com intolerância ao glúten)  e  cerca de 35  a 40 milhões de adultos brasileiros tem perturbações digestivas após a ingestão de um copo de leite.  Esta reportagem mostrará um pouco sobre a vida de pessoas que possuem alergia a essas proteínas e carboidratos, além de explicações profissionais e dicas de quem trabalha neste ramo alimentício especifico.  
Verônica Amaral, 17 anos, estudante, conta que é difícil ser celíaca. “É muito complicado, sabe? É trabalhoso achar algum alimento que não tenha a proteína, principalmente pra lanchar na rua. O mais comum é o pão de queijo, mas de tanto comer eu acabei enjoando. Eu tento buscar outras coisas, mas infelizmente é muito difícil de dar uma "variada no cardápio" pela falta de produtos para celíacos. O único problema é que o preço desses produtos é elevado e não é em qualquer lugar que se encontra. É difícil ter que resistir às tentações, mas com o tempo você acaba se acostumando”, desabafa. O glúten é encontrado na aveia, na cevada e no trigo. Essa proteína quando em contato com a água e por meio de movimentos, se torna elástica. Durante o crescimento da massa, quando o fermento produz o gás carbônico, a proteína se estende sem se romper, resultando em uma massa crescida e leve.
“Eu era muito novo, tinha oito anos no máximo. Estava comendo strogonoff e minutos depois comecei a ter vômitos. Durou quase duas horas, foi horrível”, diz Renato Melo, 22 anos, estudante de Comunicação Social.  “O tratamento foi imediato, tomei alguns remédios e hoje estou bem melhor, mas não posso exagerar no leite e nos seus derivados, se não acabo passando mal”, explica. Este não é um caso raro, segundo uma pesquisa da Unicamp, pelo menos 40% da população brasileira tem algum tipo de desconforto ou problema digestivo ao ingerir a lactose. Existem dois tipos de intolerância: primária, onde o paciente não tem a enzima lactase, que é responsável por hidrolisar a lactose em galactose e glicose, ou seja, o organismo se torna incapaz de digerir de forma adequada a lactose presente nos alimentos. A segunda é chamada de secundária e ocorre devido a alguma patologia.
      A nutricionista Isabel Silveira Lima, 22 anos, conta que já atendeu alguns pacientes celíacos e com intolerância à lactose. “No começo a adaptação é difícil, mas com o tempo o paciente se adequa ao novo hábito de vida e acaba se tornando fácil, pois ele percebe a melhoria de sua saúde. Hoje em dia, existe uma grande variedade de produtos para pessoas com esse tipo de alergia, o que facilita no tratamento”, explica. Os sintomas mudam de pessoa para pessoa e de acordo com a quantidade ingerida de leite e de­rivados. As manifestações em ambos os casos ocorrem geralmente com a diarreia, flatulências, desconforto e dor abdominal, vômitos e perda de peso. Estes sintomas poderão aparecer minutos ou horas após a ingestão desses produtos. A velocidade depende da movimentação intestinal.
     Além de evitar os produtos com cereais que contém glúten, os celíacos devem estar atentos aos rótulos dos alimentos industrializados. Também não é permitida, a ingestão de leite maltado, queijos fundidos, cervejas e uísque. Para substituir as fontes de glúten, pode-se usar as farinhas derivadas de milho, arroz, mandioca, batata e araruta. Em produtos caseiros, pode-se substituir a farinha de trigo pela mistura de 1 kg de farinha de arroz, 330 g de fécula de batata, 165 g de araruta ou 3 xícaras de farinha de arroz, 1 xícara de fécula de batata e ½ xícara de polvilho doce. Essa dica é da Associação dos Celíacos do Brasil (www.acelbra.org.br).
     Magno Paulo, 23 anos, gerente do restaurante francês específico em alimentos com restrição Alice Brasserie, localizado no Lago Sul – DF, conta que preza o luxo e o bom gosto no estabelecimento. “Aqui recebemos um público de classe alta. O restaurante Alice, foi o único estabelecimento da cidade a entrar na edição brasileira do livro de Patrícia Schultz: 1000 lugares para conhecer antes de morrer. Também possuímos uma biblioteca com mais de 400 livros de culinária de todo o mundo”, conta. O restaurante possui pratos como raviolli de queijo, que de acordo com Magno é o mais pedido por pessoas intolerantes. Risoto de champignons e coxas de pato são os preferidos dos celíacos.
            

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Baladas, bebidas e sexo - Uma rotina utilizada pela maioria dos jovens universitários entrevistados.

   Ir para baladas, ingerir bebidas alcoólicas e praticar sexo, são atividades preferidas de  oito entre dez jovens entrevistados. Segundo dados do IBGE, 71,4% dos adolescentes já experimentaram bebidas alcoólicas.                             
  Gianluca Mendonça, 18 anos, estudante de Ciência Política, conta que a bebida ajuda as pessoas a se relacionarem e a se conhecerem melhor. “Todo mundo gosta de sair e de beber, ninguém fica de fora. O alcool faz com que a gente perca a capacidade de ter raciocínio rápido, perdemos os reflexos e a noção das coisas. A junção desses efeitos acaba resultando no sexo”, brinca.
    “Ficar em casa no final de semana é coisa de casado. Todo solteiro tem a obrigação de sair na sexta e voltar no domingo sem conseguir lembrar de  nada”, ressalta Caio Carvalho, 19 anos, estudante de Engenharia da Computação. “Conhecer meninas é a melhor parte das festas, principalmente quando não há compromisso. A bebida ajuda sempre, quem disser que não, é porque não bebeu o suficiente”, diz.                
    Ao contrário da maioria dos jovens entrevistados, Jamile Rodrigues, 18 anos, estudante de Jornalismo, conta que não ingere bebidas alcoólicas e não frequenta baladas. “A bebida pra mim tem um gosto horrível, eu não acho nem um pouco interessante quem se diz descolado porque `enche a cara´ numa noite e esquece de tudo. Eu adoro sair, gosto de ir ao cinema, livrarias e museus. Sou meio '' avô '' mesmo (risos), explica.                           
   Samuel Lima, 26 anos, estudante de Engenharia Civil, diz que seus pais influenciaram bastante em seus valores. “Sou evangélico e fui criado dentro da igreja, meus pais sempre me disseram que não conhecendo a garota completamente, o casamento é mais especial, entende? Não bebo para não prejudicar minha saúde. Frequentava muitos shows evangélicos, mas hoje estou mais tranquilo”, explica.
  De acordo com dados da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e Outras Drogas (Abead) o cérebro de um indivíduo de até 21 anos ainda não está totalmente formado. Ingerir bebida alcoólica antes dessa idade é extremamente perigoso.